sábado, 10 de agosto de 2013

OFÉLIA... OH, FENDE!...

RENATA BEIRO e OTTON BELLUCCO

Lago profundo, imundo, mudo,
covarde, estulto é este mundo...
Entes, não gentes, inclementes,
silenciam perante o absurdo
desta legalidade
que nada representa,
além do status quo,
e desconstitui
o que institui
somente em palavras...
Rapina, propina..., repentinas
acham a brecha jurídica...
O senado, o deputado,
vergonhosamente,
legislam p’ra si próprios
e o nosso opróbio...

Queria sorrir por sorrir,
sem penas, do meu jeito...
Queria... namorar
sem ser agredida,
com um soco,
com um olhar,
com palavras...
Queria somente amar,
infringir sem fingir...
Mas vivo e ressinto
esta lágrima daninha
que me torna culpada...
Uma melancolia me inunda,
e me refunda torturada...
Então durmo, sem ter prumo,
neste lago, afogada...

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