quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

PASSOS...


RENATA BEIRO

(29/12/11)

Passo a passo
No meu compasso
O quarteirão
Percorri...
Nos dedos
Cigarro aceso
Enfumaçando
Meu mundo
De um odor
Imundo...
Que mundo!
Um degrau
Me convida...
Sento
Cigarro
A queimar...
Carros
Passando
Luzes
A me cegar...
Meus deuses!
Como vim
Aqui parar?
Queria
Ah! Se queria
O tempo
Fazer voltar...
Tudo
Diferente
Seria...
Sem saudades
A me assombrar...

DÓI...


RENATA BEIRO

(29/12/11)

No dia
Que vinha
Olhava
Pro Sol
Nascente
Resplandescente
Indecentemente
Trazia
Inclemente
Tristeza
Doída
Doente
Ardente
Pior
Que dor
De dente!!!



quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

AMOR PURO...


RENATA BEIRO (21/12/11)

Não!
Não falo de mim...
Falo
De quem
Na idade
Na saudade
Me dará
Imortalidade...
Gostoso
Suculento
Fruto...
Cria minha
Não vá
Desperdiçar...
Nem uma
Gota
Desse sumo
Em saudade
Pode
Restar...
Falo
Da mais pura
Cor
Odor
E calor
Que
Somente
O primeiro
Verdadeiro
Amor
Sabe
Exalar...

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

LUA CHEIA...


RENATA BEIRO (13/12/11)

Lua cheia
Cheia de graça
De graças
Também...
Banhas-me
Como ninguém...
Encantada
Canto
Belo
Uivar...
Sou filha
Da lua
Sou mulher
Reverencio
Cio
Cósmico
Estelar...
Lua
Desnuda
Nua..
Amante
Do sol...
Ardente
Brilha
Espera
Indolente
O poente...
Um instante
Ver-te
Momento
Fugaz...






sábado, 10 de dezembro de 2011

Desencanto...


RENATA BEIRO

(11/12/11)

Em cada
Canto
Um desencanto
De todos
Lados
Nem um
Só canto!!!
Ora, dizeis
Colha
Na idade
Pela cidade
Nua
Crua
Tua
Saudade
De caricata
Felicidade...
Se
O que invade
Faz-te
Covarde
Corre
Ao mundo
Gira
Mundo
Mundo
Girando
Rodando
Não há
Um canto
Cantando
Se necessário
Seja contando
Vidro
Em pedaços
Melhor
Colando
De tantos
Atos
Contratos
Resta
No chão
Cacos
Pedaços...

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

TÃO CLARO...


RENATA BEIRO

(09/12/11)

Claríssimo
Claro...
É claro!
Encaro
Nuvens
Escuras
Obscuras
Não de cura...
Nenhuma paz
Contêm...
Rio
Nada
Me detém...
Ultrapasso
Passo a passo
Trave
Escura
Não é
Do bem...
Sigo
No rumo
Comigo
O prumo
Amigo...
Vejo nuvens
Claras
No céu...
Cansada
Não vencida!
Vejo
Caminho
É de vida
E é bonita!
Reina
A beleza
Mais pura
Do amor...
Sem dor
Culpas
Ou rancor...
Peçamos!
Roguemos!
Viver!
Sem medo
Ou temor...
Voarmos
Em asas
De tão
Limpo
Amor...

Decisão!


RENATA BEIRO

(09/12/11)

Tenho
Cá no peito
Um coração
Apertado
Sem jeito...
Lágrimas
Não usa mais
Não apraz...
Jogo pra trás...
Tateado tenho
Em vão
Minha estação...
Desse trem
Descer...
Renascer
Reviver
Viver!
Cortar grilhões
Em borbotões...
Deixar pra trás...
Olhar pra frente...
Sentir saudade
De toda gente...
Voltar...
Afago
Verdadeiro
E quente
Ganhar!
Esmolar...
Nunca mais!!!



terça-feira, 29 de novembro de 2011

POETA GESTA...


RENATA BEIRO
(29/11/11)


A mente
E o coração
De poetas
Vivem
Constante
Gestação...
Geram vida
Palavras doces
Dores doídas
Indolores...
Fincam, sem dó,
E sabem...
Multiplicam
Subtraem
Felicidades
Vividas
Ou não...
Poetas
Têm dedos
Mãos...
Dilatam-se!
Não é
Em vão...
Mais uma cria
Nasce
Nesta
Outra
Dimensão...
Amamenta-se
Nos sentimentos
Chega plena
Pura
É só emoção...
Atinge
Quem, por ventura,
Pensa
Com o coração...
Poetas
Se entendem
Falando
Até mesmo
Outro
Qualquer dialeto...
Criam
Mensagens
De dores
Amores
Possíveis
Improváveis...
Pintam
Paisagens
Jamais vistas...
Ou descrevem
Com simples
Ousadia
O que se vê
Todo dia...
Poetas
Amam
Poetas
São gente
Sentem
Choram...
Poetas
São o que são...
Mentes
E corações
Em constante
Gestação...

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

SE...


RENATA BEIRO/HENRIQUE RUSCITTI
(24/11/11)


Se lembrares de mim
Brevemente
Verás...
Que a ti
Pertenci...
Em profusões
Veredando emoções
A dor eu senti...
Partilhei
Ao sol
À lua
Ao mundo
Ao vento...
Sensações
De amor
Não esperado
Em mim
Despertado...
Ao lembrares de ti
Seja,
Clamo
E proclamo,
Um pedaço de mim...
Por estar
Adentro
Eterno pertencer...
De submundos
Hemisférios coletivos
Plenos
Côncavos
Convexos
Particularidades
Trans
Vexas
Vexatórias
De tudo
Despertar-me
Vou!
Se lembrares de mim
Do que restou
Do que sou
Consinto,
Até mesmo,
Derradeiro
Intenso
Suspiro
Eterno
E terno
De amor...
E de tanto
Querer
Saber...
Amad@
Sou!

SOS MULHER XII/Coração Ferido


RENATA BEIRO
(24/11/11)

Foi assim
E assim
Foi...
Sorrateiro
Menino
Arteiro
Chegou...
De mimos
Encantou...
Enfeitiçada
Menina
Tremeu
Sorriu
Vibrou!
Disse sim...
Paraíso
Em festa!
Pura emoção
Imaculado
Coração...
Maculado
Se fez...
O tremer,
Ranger
Sorriso
Se foi...
Como pode,
Assim,
Sem decreto
Nem lei
Um homem
Lágrimas
Fazer escorrer
Pela face
De uma Mulher!
Dizer amar
E sem dó
Mostrar
Num só compasso
Do céu
Ao inferno
É um só passo!!!

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

VER...

RENATA BEIRO
(16/11/11)

De seco
Olhar
Lágrimas
Rosário
A rolar...
Seguindo
Vou
Devagar
Sem cantos
Nem desencantos...
Tristeza
Incerteza
Tal desdita
A rondar...
Trago
Em mente
Tenho
Tino
Traçado estará
Tal destino???
Viver às cegas
Me restará???
Tatear
Pontas dos dedos...
Guardo
Meus medos...
A luz
Provoca
Respostas
Odiosas
A me atormentar...
Olhos
Resplandecentes
Desenrolam
Lágrimas
Quentes...
Não mentem!
A superfície
Eu toco
A profundeza
Eu sinto
Re
Sinto
Eu sinto
Luz
A me falhar...
Olhos fechados
Percebo
Elos
Romper...
O prazer
De ver
Perder...
Tanto, ainda,
A fazer
Perguntas
A responder...
Ver
Um ramo
De flores
Receber
Um beijo
Profundo
Sentir
Mão forte
De ajuda
Puxar-me
Do poço
Às alturas
Ouvir
Dizer
Vem!!!
Sem dor
Indolor
VER
Primeira
Derradeira...
Face
De precioso
Amor!!!


segunda-feira, 14 de novembro de 2011

DITADUTURA FdP!!!


RENATA BEIRO
(14/11/11)

Difícil foi viver,
Na carne,
A ditadura de direita
Que não satisfeita
Hoje
Utiliza
Marchas
Anticorruptivas
Enganando
Levando
Quem cai
No ledo
ENGANO!

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

RESTA DESCOBERTA...


RENATA BEIRO/PAULO CARVALHO
(08/11/11)

Lágrima
A escorrer
Dramático
O apático
Do mel
O drama...
Pálida lembrança
É o que foste?
História de sonho
Vontade não revelada...
Alegria roubada
Não entendo
O tudo
Ou quase nada...
Seco mágoas
Em panos úmidos
Panos
E planos
Em meio a tanto
Tudo
E nada...
Olhar parado
Ao luar...
Tento
A contento
Te desvendar
Verdades nuas...
Teu rosto
É mesmo feito
Da tal ternura?
Na rua escura
Na beira do mar...
Ondas
Redondas
Sem redomas
Pra me guardar...
Lançaste espinhenta seta
A me acertar?
Apostei ganhar!
Da luta
Não me esquivar!
De volta...
Sem revolta
Voltar marchar...
Sacrilégio
Ver mágoa
Em belo luar...
Filha da lua
A te observar
Rende-te a ela
Mulher é luar...
Do nada feito
É um lamento
Deixar ficar?
Sinto meus olhos
Lacrimejar...
Da tua medida
Justa és
Esperei escritos
Que não aos gritos
Mas tal e qual
Mitos e ritos
Sentimentos
Vivos...
Voar às cegas
Eternizar
Esse sentir...
Do breve
Em breve
Vem!
De ti
Esperei ouvir...
Estremeço
Penso...
Como pode alguém
Amor negar...
O que resta?
Tantas arestas
A consertar...
E tua voz?
Ausente, nos escritos
A me negar...
Lenta
Mente
Devagar
Reviro tudo...
E num segundo
O novo mundo
A me mirar!
Abre-se a porta!
Vou em frente
Sinto
É e no ar
São boas novas
A me encontrar...
Liberto-me
Do meu poente!
Fiz-me contente!
Nova vertente
Acalentar-me
E não ausente...
É rumo certo
A me apontar!


domingo, 30 de outubro de 2011

Tu...


RENATA BEIRO

(29/10/11)

Tu...
Me fizeste
Mudar...
Diferente
Escrever...
Sei...
Ah! Se sei
Talvez...
Nem pensei
Tanto
Me dei...
Alegria
Vivi...
Ofertei
Imenso
Carinho
Valor
Aconchego
Em calor...
Braços abertos
Colo
A embalar...
Curar
Feridas
Muito e tanto
Doídas...
Chorando dores
Choro por ti...
Todos
Amores
Num só...
Clamores
Pedidos
Perdidos
No coração...
De novo
Nós
Sem viés
Nem cós
Que seja!!!
No entre nós...
A sós...
Em nós...
Crê e vê!
Braços
A receber!
Coração a bater
Esperar
O regresso
Confesso!
De longe
Magoar...
Tempos
De reparar
Novamente
AMAR!!!

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Ecos...


RENATA BEIRO

(29/10/11)


Amar é
Grito sem eco...
Por certo
Um caos
Sem noção...
Abertas veias
Ignorada dor
Anestesiada
Faz-se indolor...
Julgada
Condenada
Um júri
Sem calor
Sem pudor...
Por bem querer
Vilã virei
Não o que sou
Mas do que sei...
Mas dou-me
Um basta!
Que raios caiam
Berrem os trovões
Rasguem, pois,
A imensidão
Do firmamento!
É de lamento
Meu canto
Lamento...
E muito...
Vontades sumidas
Inspiração perdida
Que vida!
Fatigada...
De tal modo cansada...
Lembro das cores
Juras
Sabores
Que ora
Invadem
Dilaceram...
Heranças
Inesquecidas...
Cor incolor
Teu braço de amor
Puro prazer
De sangue a ferver...
Sem condição,
Na solidão
Dou-te adeus...
É minha hora
Vou-me quieta
Ao meu abrigo
E sem perdão
Sepulcro
Dos sem razão...
Por amor
Desafiei mundos
Pulei muros
Pisei espinhos
Queria de ti
E se queria
A luz
Sem me cegar
E tua
Por inteiro seria...
Ria!
Está clareando
Tristezas
Que trás
O dia...
Quis te ver
Sentir...
Até o mundo
Quis salvar!!!
Trágica comédia...
Estava eu mesma
Completamente perdida...

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

PRA QUÊ???


RENATA BEIRO

(26/10/11)

Afoita
Qual menina
De tudo
Desprevenida
Falei
Quis dizer...
Que fazer?
Gritando
Silenciei...
No silêncio
Gritei!!!
Clamei!!!
Por Gaia
Zeus
E por Deus...
Feneceu...
Não sei eu...
Na pena
Perpetuo
A luta...
Labuta!!!
Coração
Razão
Ação
Reação
Vejo não...
Esgotou
Explodiu
Estourou...
Esperar
O quê?
Bradar
E não ver
Não crer
No crido
Desnuda
Desmerecida
Vencida
Nunca!!!
Fim
Acaba
No fim
Do fio...
Comunicação
Uni
Lateral
Diálogo mudo
De tudo
E por tudo
Pergunto
Que mundo?
Pra quê?

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

MI DIOS COMO LE HARE...


Esta página hoje é de uma querida amiga, mexicana, por quem tenho grande afeto, além de ser assídua leitora de suas poesias!





A poetisa Luz Selene Garcia Nuñez


Escuchame dios mio,quiero explicarte,
Quiero que me digas como le hare
El decea ser mi amigo,
Pero yo no quiero ser
Es muy dificil estando yo a su lado
Saboreando su perfume,
Quiero yo acariciar su piel
Sueño que me abrasa y
Me siento en las nubes,
Me siento muy contenta
Me dice tu eres mi amiga y
Se me acaba la fe
¿Como le hare para decirle que lo quiero?
¿Como le hare dime tu dios mio como?
El decirle yo tengo miedo,
Y ser su amiga,
YO NO QUIERO!

domingo, 23 de outubro de 2011

AMOR...


RENATA BEIRO

(23/10/11)


Calmo
Tranquilo
Calor
Cor
Sabor
Som
De tambor...
Flauta
Que falta!
Toque
Retoque
Carinhos
De nós...
Sem temor
Nem tremor...
Segura
Na fala
Na sala
Quarto
Contrato
Do quarto
Cadeira
Cadeiras
Na beira
Da cama
Beijinho
Cozinha...
Gostoso
Cheiroso
Maneiro
Gingado...
É AMOR!!!

CROCHET...







RENATA BEIRO

(23/10/11)

Trabalhado
Bordado
Enfeita
Mesa...
Histórias
Quantas
Em tantos
Pontos
Feitos
Encantos...
Pensamentos
Tormentos?
Sentimentos
De amor
E paz?...
Guardados
No pano
Olhando...
Pensando...
Nunca
Vou saber...

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

PENSANDO...


RENATA BEIRO

(21/10/11)

Equívocos
Comunicação
Falida
Gera
No peito
Ferida...
Palavras
Mal entendidas
Deixadas
Não lidas...
Traduzidas
Por quem
Não quer bem...
Argumentos
Ao vento...
Tem de gostar
Pra acreditar
A dúvida
Sem, dúvida,
É percepção
Decepção
Certeza
E, com certeza,
Tristeza
Jogar ao lixo
Beleza...
Momentos
Que já foram
Proezas...

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

SOS MULHER XI / PELO FIM DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER!!!

RENATA BEIRO (17/10/11)

BASTA!!!

Nós, Mulheres
De todas as raças
Cores
Calores
Amores
Brancas
Negras
Mestiças
Indígenas
Ciganas
Por mãos
Violadas
Em família
Na surdina
Por palavras
Violentadas
Filhos
Criados com amor
Que horror
Nos mandam
Por um fio
A puta que pariu
Respeito
À condição Mulher
É ardente
Urgente!!!
Beira
O desespero!!!
Deficientes
Sem acessibilidade
Que sensibilidade...
A todo instante
Uma cega
É estuprada
Que parada!!!
Repulsa, asco
Esse é o nome...
Não sendo suficiente
E coisa e tal
Tem a "violência institucional"
Mais uma...
Executada
Por órgãos de estado
Os que deveriam
Defender a Mulher!!!
Nossa luta
É feminista
Prima pela igualdade
Que maldade!!!
Gritamos
Clamamos
Heróicos
Brados
Retumbantes
Por uma sociedade
Igualitária e justa!!!
Onde está o erro???
Queremos, sim
Respeito
Dignidade
Cidadania...
O contingente humano
Verte
Do aconchego
De nossos ventres...
É exigência
Sermos respeitadas
Já demos o leite
Não queremos mais
Dar o sangue!
O feminismo
De questão de gênero
É causa humanitária!!!
SOS!!!

domingo, 9 de outubro de 2011

Recuerdos y regalos...


RENATA BEIRO (09/10/11)

Tu que me fizeste mudar...
Que me fazes
De cenho franzido
Pensar...
Pensar e escrever
O que não sei mais explicar...
Deslizam
Do cérebro
Percorrendo suavemente
Meus dedos
As palavras...
E já escrevo
Inorganicamente
Coisas que não penso
Mas que sinto!
Como sinto
Cada toque teu
No meu rosto
E cada beijo teu
É mergulhar na imensidão
Que me segura
No entremeio do teu abraço...
No mais sincero
E afoito dos pensamentos
Vejo-te entregue a mim
Como gente...
Sentindo em meu corpo
Tua pela nua...
Revirando-te
Em sinuosos movimentos
Que eu mesma te incito a fazer...
Quero-te como nem imaginas...
Talvez nem como possa eu saber...
Talvez vulgar,
Mas sinceramente...

sábado, 8 de outubro de 2011

CONQUISTANDO DIREITOS!


RENATA BEIRO (08/09/11)

Dentre tantas batalhas, algumas de tímidos resultados, outras tantas vitoriosas, acreditando sempre que o saldo será muito mais positivo...Com a certeza de que a esperança vence o medo, temores são deixados de lado, nós, Mulheres, avançamos em marchas, caminhadas, no dia-a-dia, acreditando que um mundo melhor é possível!
Em nossa história de lutas pela superação das desigualdades e discriminações, erigimos uma bandeira, a da Mulher!
Incansavelmente continuaremos, confeccionando cada pedacinho de nossa história, uma colcha de retalhos, que se vai tecendo com muitas lágrimas e risos, tendo sempre em mente um objetivo, firmar nossa condição humana, somos gente, somos todas e todos diferentemente iguais.
O gênero se tece historicamente, as relações de gênero têm de ser mudadas na sua essência, em seus intrincados nós, que se foram enredando com o decorrer do tempo, tempos de opressor e oprimida. A história nos mostra o muito que mudou, a Mulher saiu da casa, foi estudar, trabalhar, independer-se emocional, social e economicamente. A realidade, porém, retrata, com fidelidade, que essa situação privilegiada não atinge, ainda, a todas nós, na verdade uma minoria...a cara da pobreza é feminina!
Engajar-se, no entanto, na árdua tarefa da construção de uma nova sociedade, cabe a todas e todos, trilhar a estrada das diferenças e injustiças é um caminho longo, devendo ser percorrido tenazmente, para que um dia, ao logo desse percurso, vejamos tremular a tão almejada bandeira da Igualdade...

A LUTA CONTINUA!

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

DESSE JEITO...


RENATA BEIRO (05/10/11)

Quem passa
Por mim
Deixa e leva
Um "pouquim"
Ando sozinha
Na loja
Na rua vizinha
Gosto
De mim
E da companhia...
Não ando só por querer
Tinha que ser
Assim escolhi...
Saio, não me retraio
Nem me traio...
Me busco
Nas risadas
Quase não dadas...
Cansei de conversas
Que não me dizem nada...
Granadas
A explodir
Quero o meu maior
Sorriso
Gargalhar
Pegar a felicidade
No ar...
Sozinha me amo
Sei que me gosto...
Sempre me quis...
Olha o que fiz...
Esperar o dia
De ser feliz...

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Vida...


RENATA BEIRO (03/09/11)

Não falo da terra
Falo do mundo
Das casas à rua...
É imundo...
Dá loucura alheia
Refém
É coisa que não convém...
Num vem e vai
Vai e vem
Da vida...
Embarquei nesse trem...
Saída, por ora,
Não tem...
Assumidos compromissos
Vive-se nisso...
Lugar
Não quero marcar...
Esperar
Rápido
O tempo passar...
Sossego, paz
Sim!
Já está n'algum lugar
Do meu jeitinho
A me esperar!!!

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

ASSIM...


RENATA BEIRO

(28/09/11)


Vi o céu
E, nele,
A lua...
Novidades
Chegam num canto!
Passarinhos!
Cantam nos ninhos...
Sinto
Dos céus
Da terra
Acolhida...
Sentido de vida
Bela medida!
Consciente percebo
Conheço sub
jetividade
Claridade
Que não pela metade
Nem metade perdida...
E de tudo despida
Chuto tristeza
Chamo esperança
Imersa
Imensa
Vem alegria
É o que me guia
Liberta...
Persisto
Resisto
Sou Mulher
É luta
Pra expressar...
Diferente minoria
Que maioria é!
Perturba, assusta
Na expressão
Libertar...
Empoderar-me, então,
Se preciso
Digo, NÃO!
Amor é coração
Pensamento, razão...
Afiadas navalhas
Palavras
Quiseram cortar!
Palavras!!!
Sou o que sou
Eterna mutação...
Independo
Do que não entendo...
Felicito, em meu caminho,
Quem me quer em carinho...
De resto...
Atenção, presto não!
Sigo assim
Preparada
Pra toda
E qualquer lambada...
Pros amores
Coração...
Por guia
A razão...
Diante do cristal
Firmamento
Em movimento
Olho o mundo
Me vejo!
Nua de qualquer lamento
Assim...
Filha da lua
Amante do sol
Afilhada do vento
Ganho asas...
Posso voar!!!

domingo, 25 de setembro de 2011

Têm coisas que não se esquece...


RENATA BEIRO

(25/09/11)




Ando devagar
Tenho sido prudente...
Quando a insanidade
Apossou-se de mim
Embeveci-me...
Nem percebi...
Perdi a razão
A questão...
Por fim, recuperei
A liberdade
E ganhei
A saudade
Desorientada fiquei
Em meio à solidão
Mas tudo no fim
Acaba...
Expor minh'alma
Não quero mais...
Ficar longe dói
Juntos ainda mais...
Não queria mais te ver
Apenas viver...
Sem querer
De londe te vi...
Solitária
E sofrida figura
Não me viste...
Agradeço!
Naquele breve instante
Num rompante
O recente passado
Galopante voltou...
Uma pontada no peito
Que dor!
Pensava não sentir nada
Ao te ver...
E num segundo
Foi tudo reviver...
Sem querer olhar
Coração a pulsar
Senti na face
Uma lágrima rolar...


quarta-feira, 21 de setembro de 2011

SOS MULHER X / Tod@s contra a Pedofilia...

RENATA BEIRO

(21/09/11)


"Era uma vez...
Desde pequeninha
Carrego bem aqui, dentro
Do coração, 'lagriminha'
Empedrada com o tempo...
Vejo, ainda,
A mãezinha
Num pranto
Que me espanto...
Umedecendo um pano
Amenizava feridas
Mágoas multiplicadas...
Fitavam-me, tristes,
Seus olhinhos
Pareciam pedir socorro...
Alento, eu dava,
Umedecido pano...
Até comida fazia
No alto dos meus sete anos
Vez que as mãos torturadas
Nem batatas descacavam...
BEBEDEIRA, EUFORIA!
Sem meias
Nem meias medidas
Alegria do horror
Se chegou...
Naquele dia,
De tudo ele provou...
Até a inocência infantil
De meus olhos
Papai levou...
Pra mãezinha
Jazigo restou...
Foi aí que me olhou...
Como presa
Me caçou...
Até amigos chamou...
De coração duro
Em pedaços
Odiei aquele palhaço!!!
Com plano arquitetado
Em fuga me joguei...
Com apenas oito anos
Já conhecia as penas
Aquelas, duras da vida...
Da vida errante
Fugida,
Conheci a cidade grande...
Sem o viço da idade,
Deparei-me com outras maldades..
Ignorante e coitada
De nada fui poupada...
Conheci as mãos
De homens que eram não...
Drogada, prostituída
Vi, de novo,
A saída...
Fui procurar
A mãezinha
Voltei a ser criancinha..."

Mas no papel fui lembrada:
Corpo de criança (não identificada),
Cerca de nove anos,encontrado na estrada X,
Causa aparente da morte: overdose.

domingo, 18 de setembro de 2011

VERSO DO VERSO...

RENATA BEIRO
(18/09/11)


Sou o que sou
Amado, Jorge...
Cravo e canela
Orgulho brasileiro,
Mas beiro a condição
Ambulante
Metamorfose
Me lembra Raul!
Maluco...
Que beleza!




Não Gabriela!
Nasceu, cresceu e sempre
Vai ser assim!
Sai de mim!
Que dose!
De Seixas
Overdose
Se é de felicidade
Posso dessa morrer...
Meu instante
É viver!
Ser...
O sol bendizer
Na lua renascer...
Cantar
Bailar
De cabeça
No mar
Mergulhar...
Projetar meus desejos
Planos de planos
Não sei de lucros
Ou danos
Assim mesmo
Arriscar...
Em chuva de verão
Enxuta ficar
Ou não...
Entalado grito
Poder uivar...
Ansiedade de espera
É coisa que não se espera
Emudece...
Entristece...
Faz o chão se perder...
Flutuar no espaço
Feito aço
É suado
Pesado...
De leve e num toque
Suave, sem retoque
Voltar-me
Pra mim...
Ouvir do vento
Assovio
De longe
Trazendo alento
Às dúvidas
Que ora atentam...
Ontem, sim
Hoje, não
Amanhã, sei lá
Depois, não sei não
Só o tempo dirá...

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

LUA CHEIA...













RENATA BEIRO
(12/09/11)




Chega a noite
É clara
Linda cara...
O sol ilumina O dia
A lua, A noite amiga...
Clareia, sensual, maternal
Plena e cheia de encantos
De encantos e de amor...
É noite de lua cheia
Lua cheia de graça
E muitas graças também...
Guardiã de muitos segredos
Até mesmo os de paixões...
Uivar qual uma loba...
Nada boba...
Lua, sou tua, sou mulher...
Cúmplices
Somos nós...
Branca e até vermelha
Uma grande, imensa luz!
É quase um sonho!
Reluz...
E tanto me faz feliz!
Não quero a magia espantar
Me faz, ela, sonhar
E, sem perceber, amar...
Viver com a terra
Não nela...
Num perfeito movimento
Em orações espontâneas
Da lua a força buscar
Espiritual feminino...
Em mandalas
Trajetórias cíclicas
Em ritos poder dançar
Dar
Doar...
Reverenciar Gaia
Terra, a minha Mãe
Num círculo
Sem início ou fim
Quebra toda a hierarquia
Somos todas iguais...
Resgatando perdidas memórias
Por histórias mal contadas...
Em sendo assim, peço
Bênçãos à Divina Mãe...

domingo, 11 de setembro de 2011

MUDANÇA...



RENATA BEIRO

E

PAULO CARVALHO


(11/09/11)








Vazio é o verso
Se sentido ele não tem
Argumento reverso...
Acontece o que parece
Ou só eu apenas enxergo?
Não nos cabe arder em chamas
É o carinho quem clama...
Quem mudou...?
Ou mudou o verso?
Não sei nominar
O que nem nome tem...
Chegou-me cedo demais
Ou muito tarde, nem sei...
Consciente ou inconsciente
A mente
Por vezes mente
Muda em pranto
O belo canto
Que canto!
De um sentimento tanto...
E tanto se mudam
Os tempos
Seus contratempos...
Novos tempos!
De vontades outras...
Absurdo é o que não muda...
O ontem não é o hoje
O hoje não é o amanhã
Amanhã será o quê?
Por ora, nem quero saber...
À vida, deixar contar...
De cabeça, mergulhar
Num lindo incógnito mar
Desconhecer o que vou encontrar...
Que bons tempos de mudar!
De lado,
Melancolia deixar...
Dúvidas, fiquem pra lá!
Da alegria, da fantasia,
Com alegria,
Deixar-me escravizar...
Num toque suave e leve
Me procurar...
É isso
E por isso
E mais que isso...
Deixar ao tempo
O que tiver de mudar...

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

SOS MULHER IX / MÃOS

FATIMA PORTO, escritora/poetisa portuguesa, escreveu a poesia Mãos, segue na íntegra! Com a permissão da detendora do crédito poético, abaixo da postagem original, fiz uma leitura com imagens, adicionando os versos à coletânea SOS MULHER.









Mãos
Afagam, dão carinho

Mãos
Suaves, deliciosas

Mãos
Magoam, torturam

Mãos
Calam, sofrimento

Mãos
Ferem, esmagam

Mãos
Atiram pedras
Matam …


FATIMA PORTO

in: http://portodefatima.blogspot
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MÃOS






segunda-feira, 5 de setembro de 2011

AMOR DE PRIMAVERA...


RENATA BEIRO
(05/09/11)


Amor de primavera
É chuva de verão
Vem e vai
Rapidinho
Nem lágrima
Deixa não...
Juras de quimera são
Reanima
O coração...
Chega ousado
Atrevido
Carente
Atraente
Com toques
Quentes
Envolventes
De entregas
E de prazer...
Amor de pele e beijo...
É coisa que vai
Com o vento...
Deixando um vazio
Cá dentro...
Camuflando sentimento
Que no seu mais grave alento
Clama por um respeito
Ao peito, que jeito!
Que vai, sei lá, machucar...
Petála tão delicada
Alma deixada exposta
Procurando sempre respostas
Sendo a verdade uma só
O bem que faz e faria
A magia de só rir
Sorrir de olhos e bocas
Matando a douda vontade
De afeto poder mostrar...
Sem medo e bem a contento
De peito aberto
Poder dizer:
"Te guardo é bem aqui!"
Querer a alma em paz
Tudo no seu lugar!
E tanto e de tanto querer
Renascer e viver
A condição de poder
Amar!
Até mesmo sem querer...

domingo, 4 de setembro de 2011

NAÇÕES...


RENATA BEIRO
E
PAULO CARVALHO


(03/09/11)


Clamo deuses, deusas
Lua, sol
Raio e trovão
Para na mente ter clareza
Em mãos dormentes
Firmeza...
Todas as proteções
Ao narrar certeiras ações...
Chega-me Alves, o Castro
E dele recebo algo...
Maestria
Ouço do mar
Do mar que não é distante...
"...Dize-o tu, severa Musa
Musa libérrima, audaz!..."
"...Quem são estes desgraçados
Que não encontram em vós
Mais que o rir calmo da turba
Que excita a fúria do algoz..."
"...São os filhos do deserto,
Onde a terra esposa a luz.
Onde vive em campo aberto
A tribo dos homens nus..."
Colombo quis navegar...
E nesta terra, Brasil
Choros negros
Quem não ouviu?
Os "bons" colonizadores
Por toda parte plantaram
Os negros daquele navio
Até nas áridas terras
Do nordeste do Brasil...
Inda, à parte, uma pátria
Gente da cor do cinza
Indefinidos o são...
Terra firme, resistente
Nem relâmpago é errante...
Paisagem silvestre
Povo descalço
Com pés no chão...
Entendem de desapego
Prática já constante
Oriundos de Masai, Tuaregs
Berberes, Bantos, Soninkés
África de leste a oeste
De sul a norte também...
À força foram trazidos
Acenando às suas nações
Reis, Rainhas
Negros e negras lindas
Que vinda!
Trazendo nas negras barrigas
Fetos de brancos, céus...
Negros de olhos azuis
Brancos de cabelos "tuins"
Bêbedos, náufragos, degregados
Hoje só uma nação...
Nação dos que nada têm
De cabelos ou peles "ruins"
Com imensos corações
Possuem uma coisa ou duas!
Acreditam ser verdade
Que a medida do amor
É amor sem medida...
História perdida
Em sua terra de origem
Materialismo não concebiam
Viam o ser, e se viam
Como eixo da criação
Do africano humanismo
Magicamente impregnado
Por forças vitais
Irmanavam-se às forças
Aquelas que são as cósmicas...
Sem preocupação
Co'a produção
Não preconizavam revolução
Em meio ao seu meio ambiente...
Hoje, sem nada em troca querer
Doam-se em amizades
Cativando laços que medidas não têm...
Andam por trilhas de cabras
Ou de terra mesmo, batida
Por princípios, respeitam
Nem sempre, respeitados...
Amam-se
E são norteados
Por solidariedade
É verdade!
Caminham milhas
Carreiras de formigas...
Além de peso, carregam em suas cabeças
Sonhos e esperanças
Quiçá nunca alcançadas...
Trilham em fila indiana
Dividindo aquilo que têm...
Sua existência passeia
De braços com a elegância
Herança desconhecida
Forma-se ignorância...
E, num amor desmedido,
Esperam na esperança
Talvez esteja perdida...
Atrofiados, desvalidos vão
Resvalando na vida
Acreditando em verdades
Faladas por falsos profetas
Em igrejas que se locupletam...
Políticos que não se manifestam...
Povo bravio, vindo do navio,
Esta vida desconhecem
Creem na indefinível
Fé e esperança...
Que herança!
A situação
De linhas tão desiguais
Dos pensamentos europeus...
Trazidos, submetidos à nova terra
Que prega
História contraditórias
Nas formações estatais
Do mundo ocidental...
Trazem na oralidade
As passadas Histórias
Enquanto usamos a pena
Por falta de boa memória...





quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Tratos...

RENATA BEIRO (01/09/11)



Caço palavras ao vento
Semeio em meio à tempestade
Grande, imensa vontade
Brincar de escrever
Que saudade!!!
É coisa que não tem idade...
Hoje busco verdades...
Faço trato
Me retrato
De bem querer
Nunca maltratado...
Tratado trato
Assinar contrato...
Me espanto
E me encanto
Com ritos nunca pensados...
Leves palavras
Silêncio pesado...
Fugidias gentilezas
Cobertas de delicadezas...
Tigresa e tigre
Combinação perfeita...
Entre paredes
Que são quatro
Apenas um quarto...
Um quarto do trato...
Parte de um contrato...
Predestinado, será?
Com carinho
A ser assinado...
O tempo passa
O passa tempo
Vou-me ao encontro
Do vento...
De tudo quero
Nada espero...
Só a certeza
De ter certeza
Da breve vista
A beleza...
De tez desnuda
Saber qual lua
Na calada noite
Cúmplice
Testemunha
De audíveis sussurrar...
Depois de tudo
E lado a lado
Deixar à vida
O que ficará de lado...



segunda-feira, 29 de agosto de 2011

SOS MULHER VIII


RENATA BEIRO

(29/08/11)

PLANO BRASIL SEM MISÉRIA!

EU ACREDITO!!!


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Tantas Marias...
Maria das Dores,
Das Flores,
Aparecida...
Outras tantas
Desaparecidas...
Uma daquelas
Eu vi...
Femininas mãos
Tão suadas
Não amadas
Salvando parafusos da graxa...
Encardidas unhas
Em mãos tão novas e lavadas
Por tudo já deformadas...
Da mecânica de quintal
Nos fundos da casa
De Seu Fulano de Tal
Sai à noitinha
Esta Maria
Levando a féria do dia
Suados cinco "real"...
Bocadinho de feijão
Presente da mulher do Tal...
Cinco "real"
É real...
No barraco
Quer logo chegar
Bocas com fome
Alimentar...
Corre a Maria
Pedindo amém...
No armazém
Arroz e farinha
Não tem mais nenhum vintém
Amanhã é outro dia...
Chega na casa
Quer dar alegria...
Engole o choro...
Famintos olhinhos...
Serve a mesa
Que beleza!
Que venha a criançada...
Feijão doado
Arroz e farinha comprados...
O arroz é buga
A farinha de puba...
Comam e durmam bem!
Com menos fome também...
Amanhã é outro dia!
Te vira pra trazer comida...
És só mais uma Maria...
http://luciafilosofa.blogspot.com/2011/08/salve-mulherada.html

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

JOGO AO VENTO...


RENATA BEIRO (22/08/11)


Jogo ao vento
Sem arrependimento
O que trás dor, sofrimento...
Busco alegria
Felicidade
Liberdade
Verdades...
E liberta de tudo
Tudo que seja entulho
Jogo ao vento...
Até saudade de momento
Jogo ao vento...
Qualquer pensamento
De doce virado fel
Jogo ao vento...
As folhas mortas
Não têm mais mel
Jogo, jogo
Tudo ao vento...
Qualquer pesar
Descontentamento
Jogo ao vento...
Jogo até palavras
Ao vento...
De um tempo
Em que o carinho
Se fez real
Do vitral, espio
Vejo caminhos
Rumos tão desiguais...
Morte do delirar...
O vento
A tudo vai resfriar
Jogo ao vento...
Todos os pensamentos
Que a ti
Me façam lembrar
Jogo ao vento
E ao vento
Tudo vou jogar...





domingo, 21 de agosto de 2011

LIVRE...


RENATA BEIRO

(21/08/11)


Não faço
Apenas sonhar
E disso me encantar...
De todas as formas
Eu busco
Sonhos realizar...
De tudo
Nunca desisto...
De nada
Nunca duvido...
Quero mais, mais
E muito mais...
Nos braços do silenciar
Abraçar o meu pensar
Boa acolhida é essa
Na busca de me achar...
E, dest'arte, estar
No mais distante
Do meu voar...
Liberdade sem fronteiras
Numa louca sã loucura
Avidez da procura
Que de tudo me cura
Desnudo-me
Fico inteira
Sou livre a me amar...

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

VIAJANDO...


RENATA BEIRO

(19/08/11)


Eu me amo
Tu te amas
Ela e ele, também
Nós amamos
Todo mudo
Mas nem tod@s
Nos querem bem...
Isso pra mim
Não importa
Tenho portas a abrir...
Seguindo
Ando
Meu caminho...
Solta me quero
Leve...
Suave...
Qual uma pluma!
Alcançar
Sem dor alguma
Flocos alvos do céu...
Viajando pelas nuvens
Sinto-me e me sinto
Tão bem...
Vejo a terra
Tão tiquinha
Qual sonho de criancinha!!!
Pulo, de uma em uma
Sou leve, sou a pluma...
De Avalon
Vejo brumas
Soturnas???
Troco idéia
Com Morgana...
Saio de lá!
Dá-me gana!
Viandante de claras nuvens
Andei por vias errantes...
Sem juízo
Nenhum siso!!!
Por essas e outras
Vivo...
Pode valer...
A tod@s poder dizer
Com prazer,
Que o viver
De branca esperança
É vida de não lembranças
Qual rosário de trança...
É sim ,e por assim ser,
Uma alegria de viver...
Não tendo, ainda, de vez,
Em mãos, o que me fez aqui...
Por mim
Por ti
Por ela e ele são
Por nós
É o pão
Pão da vida
Vivida,
Como diria Lenine,
De muitos e muitos ÃOS

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

SOS MULHER VII


RENATA BEIRO
(18/08/11)


Vinha pela noitinha
A mãe e as criancinhas
Estavam naquela casinha...
Vento bom
Vento mau
Chegada do vendaval...
Tinha o cinto como arma
Uma arma no cinto também
Calibre... não sei qual...
De tal intento
E "isento de qualquer mal"
Da família fazer exemplo
Continência!!!
Obediência!!!
O "bom" homem
Por livre arbítrio
Arbitrou
A mãe, pobre coitada,
De coito também gritou
No corre-corre
Culpa de ré
Não escapou de pontapés...
O calibre sobre a mesa
Era boa sobremesa
Vítimas de tal proeza
Os filhos assistiam em pé...
Passado um pouco de tempo
Ainda não satisfeito
De seu inventos "perfeitos"
Numa atitude democrática
O círculo, ele abriu...
As crianças agora choravam
Das pancadas que levavam...
A vida foi passando...
Ele se apossando...
Mas num dia
Não um qualquer
Acabou!!!
Inerte, ele tombou...
Mas herança deixou...
Lembranças tão doloridas
Choram, ainda, as vítimas
Herdeiras do desamor
Querendo mudar o mundo
Para viverem de amor...

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

MAGIA DA NOITE...

RENATA BEIRO (15/08/11)

Feitiço noturno
Nada soturno
Ocultos segredos
Nos recantos
Dos meus cantos...
Contemplo a noite
Sua magia
Me contagia
Minh'alma suspira
Tranpareço em versos...
Em minha cegueira
Escura
A noite
É clara
Revela-se qual abrigo
Do que penso
Penso e sinto
Construo e reconstruo
Insensatas proezas
Firmo também
Minha estrutura
Loucura alguma
Mergulho na magia
Da lucidez
Vejo um mundo
Desta vez
Tecido de palavras
Complexo
Sem explicação
Dona de minha pena
Crio o amor
Acabo o vento
Faço calor
Fico cantando
Co'as estrelas
Brincando...
Minha caneta inventa
Na madrugada
Encantada
Infindas paradas...
Escrevo em linhas
Sou poetisa
Adoro a brisa
E bem se diga
E por que não dizer?
Encontrem nas entrelinhas
Escritas minhas
Tudo aquilo
Que quiserem ver...



sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Muito louco...


RENATA BEIRO
(12/08/11)


Vida loka
Louca e bela
Sem contos
De cinderela...
Quero velas
Muitas delas
Ver quão singelas
São as mazelas
Linda vida
A peça prega...
Sinto
Água
Aquarelas
Aqui
Em qualquer ruela
Até mesmo
Nas janelas
Amor, cravo e canela...
Desce noite
É escura
Silenciosos gritos
Me chamam à rua
Cigarro aceso
Distante olhar
Complicar o fácil
Isso sempre assim será...
Vejo o céu
E nele
A lua
Nua
A me clarear
Em divagações
Perdida
Viajo
Ao meu interior...
Tão depressa
Passa o tempo
O tempo passa
Na raça...
Vejo luz
Velas não apagadas?
Nada...
De mansinho
Bem devagarinho
Havia o céu mudado
Me enganado
Dando lugar ao dia
Chegado...
Era noite
Amanheceu!!!

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

SOS MULHER VI



RENATA BEIRO

(11/08/11)

Na sala de jantar
Estava a apreciar
"Moça à janela"
Réplica de Dali
A irmã-modelo
Ana Maria...
E dali
Ouvi!
D'Oiapoque
Ao Chuí...


Os gritos
Eu ouvi!!!
Dali...
Eram tantos
Chorosos lamentos...
De tudo
Tudo ouvi...
Ali
Sofri
Senti
Como se fora em mim...
O ecoar gritado
Do socorro não dado
S/A de machistas ilimitados
Escondem nomes...
Tantas irmãs-marias
Pulando fino
Na folia
De companheiros
Nunca foram
Nenhum dia!
Marias
Gritam
Choram
Imploram
Socorro!!!
Ai, quem me vem???
Tentam salvar a si
As crias também...
Que dor...
Que horror...
Mas uma dessas
Maria
Deixa no papel escrito
De salvação uma veia
Sem "peia"
É Penha!!!
Machistas de carteirinha
Não perdoam
Quem seja Maria...
Réplica de Dali
Sofri
E vi
"Moça à janela"
Ana Maria
Mulher sem rosto
Bela figura dada...
Mulheres desfiguradas...